quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal


Fonte: ABCCRM

domingo, 22 de novembro de 2009

Fotos Brasão Novembro de 2009








Mais algumas fotos do Brasão das 3 Colinas...ETA CAVALO BÃO!!!!



Eu e Brasão - Condomínio Palmeiras Imperiais(Antigo "Haras Império")

Amauri e Brasão - Primeiro "test drive" do treinador...

domingo, 1 de novembro de 2009

Morre o jovem Ventaneiro do Sheik - Mais uma grande perda para a raça!!!

Ventaneiro selado, como melhor deve ser lembrado!!!





Recebi à alguns minutos um telefonema muito triste. O telefonema de um criador que perde sua obra prima, perde aquele animal no qual depositou anos de dedicação e seleção e no qual depositou grandes expectativas.


Era o Gilberto Junqueira, comunicando a morte de seu garanhão Ventaneiro do Sheik, jovem promessa na qual eu pessoalmente depositava muita esperança.


Ficam alguns produtos lá em Orlãndia e uma barriguinha de ouro aqui em casa...Mais um motivo para cuidar da jóia que se forma no haras Patriota: Escalada NLB X Ventaneiro do Sheik.


No que depender de nós, sua linhagem não morrerá!!!


Amigo Gilberto, não desanime, seu trabalho não será em vão...

sábado, 31 de outubro de 2009

Brasão das 3 Colinas


Mais nova aquisição do haras Patriota, Brasão das 3 Colinas(Embú DL x Vitória das 3 Colinas - Classificação òtima), representa tudo que buscamos em um bom garanhão. Temperamento, saúde, função e um ótimo andamento em um animal de morfologia irretocável!!!
Junta toda beleza de sua linha paterna que vai a DL Uruguai da Alvorada e Quitanda DL(Tutano JO x Melodia DL), com a função e a rusticidade de sua linha baixa que vai à Jubileu EFL e Bismark Mangalarga.
Obrigado ao Paulinho Della Torre pelo despreendimento de nos ceder esse exepcional animal!!!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mangalarga de NH - Um exemplo de Trabalho!!!






Este domingo estive com o sr. Adaldio em sua propriedade em Novo Horizonte e tive o prazer de conheçer a tropa NH.


O Adaldio não existe!!! Uma simpatia, um exemplo de pessoa dedicada ao campo e ao trabalho sério e apaixonado pelo cavalo Mangalarga. Uma tropa lendária, descendente(filhos, netos...) de Uruthau de NH, filhos e filhas diretas de Xarda de NH, pérolas da raça, todos criados a campo no meio do gado, sem frescuras.


A tropa é muito rústica, muito, muito, muito mansa e para minha agradável surpresa, linda!!!


Estrutura, ossatura, caixa toraxica, frente leve, beleza racial, é uma aula sobre o padrão racial do Mangalarga, estou realmente ENCANTADO!!!!


Seu garanhão chefe, Oriente de NH é um dos cavalos mais bonitos e expressivos que já conheçi e o potro promessa Voluntário de NH, tem tudo para faturar a Nacional este ano, que belos animais.


Quem procura cavalo Mangalarga bom, tem que conheçer o Mangalarga de NH e o abnegado Adaldio José de Castilho...


Está dada a dica!!!

domingo, 20 de setembro de 2009

Haras AEJ - Mangalarga Mesmo!!!


Este sábado tive o prazer e a satisfação de conheçer o haras AEJ e seus proprietários os irmãos Miro e Gustavo.
Junto ao lendáio haras Alô Brasil, também da família, criam uma tropa de elite daquilo que eu acredito ser, o mais genuino cavalo Mangalarga. É uma tropa criada sem frescuras, misturando todo tipo de linhagem e usando, sem preconceitos os campeões de todas categorias, cores e "épocas"...

Pode-se resumir o espírito do haras em sua matriz modelo, Escócia RAA, uma aposta arrojada que levou os dedicados irmãos ao "hall" da fama com o grande campeonto de 2008.

Parabéns pelo trabalho e mais uma vez obrigado pela recepção acolhedora, e com certeza, inspiradora tarde!!!



Vejam alguns momentos montando a Grande campeã nacional Escócia RAA. Show de égua!!!



sábado, 5 de setembro de 2009

Parceria de Sucesso

Chegou na semana passada a mais nova integrante do plantel, Patriota, Preciosa da Itacumbi.
Parceria com o grande amigo e criador Oswaldo Santi(Haras NAVSAN), tem tudo para ser um show na produção. Filha de Precioso do JEK em JV Notícia, é impecável morfologicamente e tem uma ídole e um andamento de arrancar elogios do criador mais exigente...
Enfim, representa tudo que buscamos no Mangalarga e em uma grande matriz.
Confiram o vídeo na barra de vídeos do blog!!!

domingo, 16 de agosto de 2009

Expo Jaú 2009

Com um honroso 5 lugar em andamento, participou da expo Jaú 2009 a nossa nova matriz, Natalie da Jauaperi. Na exposição mais concorrida do Brasil, depois da nacional, Natalie passeou no meio de grandes éguas da raça e mostrou que estamos no rumo certo na seleção de nossas éguas e futuras reprodutoras. Confira os vídeos na barra de vídeos do blog!!!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nova Matriz

Natalie da Jauaperi(Momento da Jauaperi x Stefanie DL), nova matriz do haras Patriota!!!
Muita qualidade genética e morfológica, aliados a um andamento exepcional...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Homenagem à OJC

Mais do que criadores, duas "lendas" para a história da raça Mangalarga


É um momento triste para a raça, a grande lenda Orfeu José da Costa nos deixa e junta-se à José Oswaldo Junqueira. Parte deixando uma grande saudade e um legado lendário que com certeza será lembrado para sempre por todos os mangalarguistas.

Adeus Orfeu e parabéns por uma vida dedicada ao Mangalarga, o cavalo de sela brasileiro.


terça-feira, 26 de maio de 2009

Leilão de Maio!

Mais uma matriz, vem para enriqueçer o nosso tão selecionado plantel. Natalie da Jauaperi(Momento da Jauaperi x Stefanie DL), show de potra de grande pedigree para mesclarmos com o que há de melhor a disposição em termos de genética. Ela vem de três dos mais famosos ramos de cavalos de pista modernos: Premiada RN, DL Uruguai da Alvorada e Cocar JO... Pra onde "correr" tem sangue bom!!!
Vamos aguardar a produção.

domingo, 5 de abril de 2009

Visita ao Haras Garden

Haras Garden!!!


Neste sábado estive no haras Garden, onde fui muito bem recebido pelo Jeferson e sua esposa, lá tive oportunidade de conheçer a tropa e experimentar um de seus garanhões, Presente JB, animal de sangue antigo e tradicional de andamento. Ótimo animal de sela!!!
Tive oportunidade de ver o garanhão chefe do haras, Jyan do Jaó, conheçer de perto a nova geração de pampas de preto, e conheçer pessoalmente o mais novo garanhão do plantel JJ Almirante do Garden. Show de cavalo!!!


Nova Geração!!! Muita beleza e docilidade!!!


Novo garanhão do haras Garden JJ Almirante do Garden

Ótima tarde, linda propriedade, vale a pena fazer uma visita. Está dada a dica!!!











sexta-feira, 27 de março de 2009

Homenagem ao Criador


Uma vez li essa passagem no blog do amigo Gilberto Junqueira e até hoje ainda à considero uma grande inspiração. Essa é minha homenagem a todos aqueles grandes criadores da raça e todos aqueles, que como eu, sonham com o Mangalarga "Perfeito"...
“A criação de alguns potros de tempos em tempos pode dar muito prazer. Produzir uma safra anual de cavalos para vender pode dar muito lucro. Mas um “verdadeiro criador de cavalos”orienta sua criação por toda a vida na tentativa de criar ou preservar um cavalo “perfeito”; o prazer e o lucro são meramente recompensas. A satisfação real surge conforme ele observa progressos em seu objetivo. Não é fácil melhorar uma raça de cavalos.Isto não ocorre em um ano,ou mesmo em 10 anos,e sem inteligência,diligência ou mesmo uma seleção impiedosa durante um período de anos e anos, um criador pode terminar seu trabalho de toda uma vida sem nenhum progresso. Um verdadeiro criador de cavalos leva seu trabalho a sério. Ele inicia sua missão definindo claramente que tipo de cavalo deseja e esta definição ou descrição deve ser extremamente detalhada;de outro modo, a tendência é a de mudar seu objetivo com cada dificuldade que surge. Nenhum progresso pode ser feito quanto a um tipo ideal sem que o criador mantenha seu objetivo predeterminado,sem vacilar durante os diversos anos que são necessários para colher resultados significativos. Desde o início o criador de cavalos bem-sucedido deve olhar muitos anos a frente e acuradamente projetar o que é realmente importante,sem levar em conta os modismos. Diversos criadores tentaram ser verdadeiros criadores de cavalos, mas perderam a batalha porque vacilaram. Dúvidas e alterações de objetivos surgiram nos que não meditaram profundamente no início do projeto e nos que se deixaram levar por outros. Os objetivos serão alterados e desaparecerão nos criadores que estão preocupados com os ganhadores de exposições anuais e como esses cavalos se comparam com seu plantel.Com o passar dos anos os padrões dos julgamentos de exposições evoluem. Os criadores preocupados com programas de longo prazo não devem ajustar seus objetivos de acordo com as alterações feitas nos padrões de exposições. O seguimento de tal programa leva a um caminho em círculos sem que nunca o criador atinja seu objetivo.Para se obter sucesso na criação e exposição deve-se ter uma previsão considerável. O processo relativamente simples de cruzar um garanhão famoso com éguas de alto custo e a venda de potros com altos lucros não constitui necessariamente um programa de criação.Em nenhum momento ele traz o respeito dos outros criadores . Um programa que se inicie com um plantel escolhido com base em traços específicos ao invés de preços,e que prossiga com base num sistema predeterminado, ao invés de preceitos de compradores volúveis, provará ser mais profundo.”William E. Jones Genética e Criação de Cavalos

quinta-feira, 5 de março de 2009

Hino Mangalarga - Estandarte Brasileiro

Amigos dêem uma olhada no hino que compus, com todo carinho, para a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga(ABCCRM). Está em votação no site para tornar-se o hino oficial da raça. Conto com seu apoio!!!
Votem: www.cavalomangalarga.com.br
Hino: Luiz Alberto Patriota de Araujo - Estandarte Basileiro

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Seabiscuit - A História do Páreo do Século. Uma lição para valorizarmos estrutura e bagagem genética!


Seabiscuit, foi um cavalo Puro-Sangue Inglês, e tem uma história muito interessante para nos contar. É a versão eqüina de “Davi e Golias”.
Em busca das origens do cavalo Puro-Sangue Inglês o casal Wilfrild e Lady Anne Blunt, foram ao oriente com a ambiciosa missão de encontrar descendentes da linhagem Darley, famoso cavalo árabe de onde descendem as linhagens de corrida desta raça e as famosas linhagens formadoras, MATCHUM, HEROD E ECLIPSE. Depois de muitos anos de melhoramento, destas linhagens se originaram os grandes cavalos de pista ingleses.
Alguns garanhões importantes nas corridas destas linhagens que podemos destacar:

Nasrullah
Blod Ruler
Court Martial
Broomstick
Mahmoud
Teddy
Sir Gallahad III
MAN O’’WAR
Princequillo
Khaled

Entre eles destaca-se especialmente, Man O’’War.
O cavalo Man O’’War tinha temperamento difícil, mas era um espetacular corredor e dos 21 grandes prêmios que disputou ganhou 20. Seu filho Hard Tack, pai de Seabiscuit, também tinha qualidades para corridas, mas tinha seu temperamento e conta que certa vez, que esse animal “afincou os cascos no chão” no momento da largada e não saiu, era um grande expoente em desobediência e era muito perigoso. A égua Swing On, era a mãe de Seabiscuit, e de tanto sua dona torcer para que o produto não puxasse o temperamento do pai, que foi o que aconteceu. Seabiscuit, filho de Hard Tack e Swing On, tinha um temperamento diferente de seu pai. Era dorminhoco e quando novo nunca apresentou resultados expressivos em corridas, outro talento que tinha era comer, e apesar ser bem mais baixo que os potros de sua idade, comia muito mais do que eles. Foi por isso vendido e aposentado, mas o que não se sabia, era que ele tinha sim o temperamento guerreiro de seu avô, só precisava do estimulo certo.
Muitas águas rolaram e depois de varias vitórias inesperadas Seabiscuit desafiou o melhor cavalo de corrida de todos os tempos, War Admiral. E é ai onde a história realmente começa.
Nunca se soube realmente até aquele momento a verdadeira filiação de Seabiscuit, que era praticamente considerado um “vira-latas” de corridas e um cavalo muito inferior pelos grandes criadores e melhoristas ingleses.
War Admiral, filho do grande Man O’’War era imbatível, morfologicamente perfeito e um palmo maior que Seabiscuit.
Na verdade os dois cavalos eram parentes e seus proprietários só foram saber disso anos depois a este acontecimento. Seabiscuit, quando emparelhado com outro animal, resgatava toda sua herança genética de corridas e corria com todo seu coração, não havia quem lhe vencesse, e com War Admiral não foi diferente. Seabiscuit venceu com vários corpos de vantagem.
Só para constar Seabiscuit, pesava 36 quilos a mais que War Admiral, sendo este 1 palmo maior do que Seabiscuit, o que nos leva a concluir que Seabiscuit tinha mais tronco, pulmão, coração e músculos, e isso fazia a diferença, pois ambos tinham o mesmo ancestral e a mesma base genética. Imaginem Mohamed Ali contra George Foreman, foi quase a mesma coisa...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Visita ao Haras EFI






Nesse sábado estive com meus amigos do Mangalarga EFI, em visita à sua propriedade.
Bom, uma coisa posso adiantar, a crise passou longe de Itu!!!
O belo haras está a "todo vapor", com mais de 100 cabeças é um belo exemplo de criação profissional, e união familiar em torno do Mangalarga.
Os sucessos do EFI em pista já são notórios, as bem sucedidas vendas também, e conheçendo a geração 2008/2009, posso adiantar que o sucesso só vai continuar. Tive oprotunidade de ver os produtos dos garanhões chefes do haras, Brilhante da LUA NOVA e Gavião JO, além de produtos de Porre Vargedo, Nero RB, e muitos outros garanhões consagrados, usados na estação de monta do ano passado.
Uma coisa me impressionou, a quantidade de machos de qualidade do haras...Quem quiser comprar garanhão para sua tropa, acho que o EFI é o lugar!!!
Brilhante da Lua Nova - Grande exemplo da evolução do Pampa - Show de cavalo!!!
Sobre o Brilhante, é fácil falar. O cavalo já é uma unanimidade. Muito bem padronizado morfologicamente, temperamento tranquilo e muita estrutura óssea e caixa toráxica. Está com certeza entre os melhores pampas do Brasil. Sua produção é muito boa e homogênea.

Gavião JO - Genuíno produto JO, muita estrutura e porte superior. Com certeza um melhorador de plantel exepcional.

É isso ai pessoal, outro haras que vale a pena conheçer. Abraço, Luiz


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Genética da Marcha - Artigo propositivo.



A GENÉTICA DA MARCHA
De acordo com um interessante estudo publicado por Eldon Eady no livro Heavenly Gaits, somente dois pares de genes produzem os diferentes tipos de andamentos. Um par determina o trote e a andadura e outro par pode atuar como o gene principal ou como gene modificador. Este gene principal altera o mecanismo do trote, ou da andadura, interferindo no mecanismo de dominancia e alterando o modo pelo qual o par de genes do trote e da andadura interagem. O potro (a) recebe cada par de genes do trote e da andadura de cada genitor. Tambem recebe um gene modificador – ou gene do passo, em varios graus de intensidade.
Os pares de genes do trote e da andadura pertencem a uma classe de genes qualitativos, pois regulam a qualidade ou tipo de caracteristicas na prole. O melhor exemplo de um par de genes qualitiativos no equino é o que determina as pelagens preta e alazã. Estes genes apresentam uma relação de dominancia e recessividade, sendo que o par de genes da pelagem preta é dominante sobre o par de genes da pelagem alazã. Somente três possibilidades de combinação: preta/preta, preta/alazã, ou alazã/alazã. Como o gene da pelagem alazã é recessivo, somente quando emparelhar com outro gene da pelagem alazã – estado de homozigose, os mesmos genes – esta pelagem se manifestará. A combinação preta/alazã tende a produzir a pelagem preta. Não se sabe se o cavalo carrega gene da pelagem alazã, exceto se produzir filho (a) de pelagem alazã quando acasalado com égua também alazã. Estes genes recessivos podem permanecer encobertos durante varias gerações, antes de reaparecerem em algum potro (a).
O par de genes trote/andadura atua em um mecanismo similar, mas não idêntico em cavalos não marchadores. O trote é dominante sobre a andadura. Portanto, um cavalo carregando o par de genes do trote não apresenta andadura. Mas um cavalo que carrega genes do trote e da andadura tem uma predisposição forte para o trote, mas poderá apresentar andadura em algumas situações eventuais, geralmente somente na idade de potro em amamentação. Um cavalo puro de andadura, carregando genes emparelhados, em estado de homozigose, terá uma forte predisposição para apresentar andadura, mas poderá trotar em liberdade, especialmente em idades jovens.
Todavia, quando o cavalo carrega um ou dois genes modificadores, denominados de genes principais, o resultado é complexo. Estes genes são classificados como quantitativos, pois regulam as variáveis inseridas nos caracteres, tais como altura, comprimento, tamanho, velocidade, taxa do crescimento dos cascos, etc. Não há um mecanismo claro de dominancia ou de recessividade nos genes quantitativos. Somente atuam produzindo as diferentes variações em um mesmo caractere. As caracteristicas produzidas por genes quantitativos são evidentes em cada individuo, de todas as especies (exceto quando atuam genes ligados ao sexo), mas em diferentes graus. Genes quantitativos sao altamente influenciados pelo meio.
Os genes dos andamentos marchados são tipos complexos de genes quantitativos. A função principal no equino é produzir o passo. Assim, todos os cavalos carregam estes genes, em diferentes graus. Nos cavalos não marchadores, eles são tão fracos que não conseguem interferir nos mecanismos dos pares de genes trote/trote, trote/andadura e andadura/andadura. Em cavalos marchadores, estes genes são fortes o suficiente para interferirem, ou modificarem, os pares de genes trote/andadura. O resultado é espetacular e produz grande variedade de andamentos marchados.
Há somente um tipo de gene da marcha, mas existem mais de cem diferentes meios de atuação. Cada um destes meios de atuação, combinado com as diferentes possibilidades dos genes determinantes do trote e da andadura, produzem as diferentes modalidades de andamentos marchados, que se inserem entre os extremos limitrofes do trote e da andadura.
Como o meio de atuação dos dois genes da marcha (herdados um do pai e outro da mãe) é agtravés do emparelhamento, para determinar o grau da modificação no andamento da prole, será necessário que sejam fortes em cada um dos genitores, para produzir um bom cavalo marchador. O gene mais forte de apenas um dos pais determina somente a metade do caminho.
O gene do passo é o mesmo gene determinante da marcha. Pode parecer confuso, pois cavalos trotadores também desenvolvem o passo, semelhante ao passo dos cavalos marchadores. Alguns cavalos trotadores desenvolvem um passo curto, desequilibrado, antes da transição para o trote. Outros conseguem desenvolver um passo pais amplo, mais veloz, antes da transição para o trote. Outros possuem habilidade de desenvolver o passo de forma cadenciada, nos quatro tempos, empurrando melhor com os posteriores, avançando com mais amplitude os anteriores, com mais soltura de espaduas, usando melhor o pescoço e a cabeça para manter o equilibrio. Assim, o passo, que é uma marcha em baixa velocidade, é claramente uma caracteristica genética de ação quantitativa, de variação continua, de um extremo a outro, a exemplo da própria marcha de média velocidade.
Analogamente, nos cavalos marchadores, são encontrados os exemplares de qualidade superior e os de qualidade inferior na marcha. Alguns conseguem manter uma velocidade inferior, algo em torno de 8 a 10 km/h, mantendo a marcha cadenciada de 4 tempos, até o momento da transição para o galope. Outros alcançam velocidades bem superiores, sendo a média de 12km/h, antes da transição para o galope. Isto acontece porque os gens da marcha são os genes do passo. O passo convencional é a “expressão” mais pura destes genes. Se os genes do passo são fortes, eles passam a atuar como modificadores, interferindo sobre os genes do trote e da andadura, para produzir a marcha – eles fazem com que o cavalo tente se manter no andamento de 4 tempos, ao invés de entrar em um andamento a dois tempos, como no trote ou na andadura. Se os genes do passo são muito fracos para atuarem como modificadores, o cavalo não será marchador, mas encartará o trote ou a andadura a partir do passo.
Aspectos psicológicos ou de treinamento podem gerar o trote em animais marchadores, mas este será tema de outras matérias inerentes a genetica da marcha.
*Lúcio Sérgio de Andrade – Zootecnista, escritor, árbitro de equideos marchadores, Pedidos de livros e DVD’s através da LOJA VIRTUAL DO CAVALO DE MARCHA, hospedada no site http://www.equicenterpublicacoes.com.br/, onde também são disponibilizadas embocaduras e equipamento especializado para doma e treinamento de cavalos de marcha.
II PARTE – DIFERENTES COMBINAÇÕES DOS GENES TROTE/ANDADURA
Agora, vamos abordar as combinações diferentes do trote/andadura, ou seja os genes do grupo passo/passo. Para simplificar, vamos chamar o par de genes do passo de fator de modificação, usando o simbolo ( M ) para o modificador forte – dois genes fortes do passo de cada um dos pais; o simbolo ( m ) para o modificador fraco – um gene fraco e um gene forte do passo de cada um dos pais; e o simbolo ( O ) quando nao ha o fator modificador – um gene fraco do passo de cada um dos pais. O simbolo para o gene do trote será ( T ) e para o gene da andadura será ( P ).
TIPO 1 ( TTO ) – genes do trote emparelhados, sem fator modificador: Este é um dos tipos genéticos mais frequentes. O cavalo executa somente o trote na transição partindo do passo. O passo básico tende a ser lento e de deslocamentos mais retraídos, de pouca flexão, deslocamentos mais curtos. A movimentação de espádua é limitada. O andamento ao trote é áspero.
TIPO 2 ( TTm ) – genes do trote emparelhados, com fator modificador fraco: O passo tende a ser o mais rapido dentre as raças de trotadores. Com frequencia a transição se dá para um tipo de trote desunido e em seguida para o trote convencional.
TIPO 3 ( TTM ) – genes do trote emparelhados, com fator modificador forte: Este cavalo executa um passo de boa amplitude e muita velocidade, sendo que a transição se dá para varios tipos de andamentos marchados diagonalizados e o próprio trote. Salvo nos raros casos de mutação gênica, este tipo não apresentará andadura. Tende a ser um cavalo de bom potencial atlético, de locomoção enérgica e fácil. Conformação e temperamento podem alterar o modo de atuação dos genes da marcha. Representantes da raça American Saddlebred estão incluidos no tipo 3, e os andamentos do tipo “slow gait” e “rack”, que inserem esta raça no roll das “gaited breeds” precisam ser treinados, devido a forte predisposição ao trote.
TIPO 4 ( TpO ) – genes de trote/andadura, sem fator modificador: Neste tipo enquadram-se os representantes da raça Standarbred ( Trotador americano, das corridas de charrete ), que tanto podem correr trotando como em andadura de corrida. Sem treinamento, a tendência é para o trote. Em baixa velocidade, podem alternar trote e andadura.
TIPO 5 ( Tpm ) – genes de trote/andadura, com fator modificador fraco: Este tipo de cavalo enquadra-se na raça Tennessee Walking Horse, mas ainda não é o tipo ideal. O treinamento pode mascarar o andamento. Em velocidade moderada, este tipo de cavalo poderá executar o trote desunido, ou a andadura desunida. Somente o bom treinamento poderá desenvolver o “running walk”, um dos andamentos mais apreciados do cavalo Tennessee Walker. O treinamento inicial deve ser a partir do passo relaxado, de pouca velocidade, muito próximo da variedade passo médio, que a maioria das raças executa. A velocidade pode ser encarada como um “teste de acidez” na genética dos andamentos.
TIPO 6 ( TpM ) – genes de trote/andadura emparelhados, com fator modificador forte: Neste tipo enquadram-se os melhores exemplares da raça Tennessee Walking Horse. Ainda potro (a) este cavalo poderá trotar ou apresentar andadura, e mesmo quando adulto, em liberdade. O treinamento é facil, objetivando um “running walk” de boa progressão, de amplos deslocamentos, ocorrendo a sobre e ultrapegadas ( qualidade muito desejavel na raça ), sem a necessidade do uso de ferraduras super pesadas. No limite da velocidade, a transição se dará para o galope. A produção de um tipo 6 não é garantia plena de qualidade. Devem ser levados em conta, principalmente, fatores extrinsecos, como o treinamento, conformação, temperamento, treinabilidade, qualidade da apresentação em julgamento.
TIPO 7 ( ppo ) – genes da andadura emparelhados, sem fator modificador: Neste agrupamento genético enquadram-se os cavalos de andadura convencional. Raramente trotam, talvez somente quando potrinhos (as). A correção da andadura, para um andamento de equilibrio apenas razoavel, é praticamente impossivel.
TIPO 8 ( ppm ) - genes da andadura emparelhados, fator modificador fraco: É o tipo Tennessee Walker que eleva em demasia os membros anteriores, o que é incrementado através de métodos artificiais, principalmente o uso de ferraduras com calços de até 12cm de altura. As lesões são frequentes. Há registros da prática de infiltrações de produtos quimicos nas articulações dos boletos, joelhos e jarretes, na tentativa de recuperar a lubrificação, e ao mesmo tempo sedar durante periodos de treinamento e de competições. Geralmente, este cavalo tem habilidade para manter com mais facilidade o passo relaxado ( em relação ao tipo 7 ) e a transição para a andadura não será frequente.
TIPO 9 ( ppM ) – genes de andadura emparelhados, com fator modificador forte: É o tipo ideal do Tennessee Walker com ferraduras pesadas. O trote em liberdade é natural, mas raro quando montado.(FONTE: http://www.marchaweb.com.br/)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Genética e Herdabilidade do Andamento nos Cavalos Mangalarga(Artigo Adaptado)




ESTIMATIVA DE PARÂMETROS GENÉTICOS PARA O
DESLOCAMENTO EM CAVALOS DA RAÇA MANGALARGA

Mota, M.D.S.1, R.S.A. Prado2 e D.F.M.G. Ferreira3
1Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal. FMVZ, Unesp. Caixa postal 560. CEP 18618-000.
Botucatu. SP. Brasil. E-mail: mdsmota@fca.unesp.br
2Aluno de Pós-Graduação Unesp. Botucatu. Brasil.
3UTAD. Vila Real. Portugal.
NOTA BREVE
PALAVRAS CHAVE ADICIONAIS
Herdabilidade. Correlações. Eqüino.

RESUMO
Foi estimada a herdabilidade e as correlações
genética, ambiental e fenotípica para deslocamento
em cavalos Mangalarga sob 9865 registros
da pontuação total para o deslocamento e
para a altura à cernelha. Respectivamente as
herdabilidades foram 0,27 (0,026) e 0,47 (0,038),
e as correlações genética, ambiental e fenotípica
entre ambas foram 0,47, 0,02 e 0,18.

INTRODUÇÃO
O cavalo Mangalarga originou-se
principalmente das raças Puro-Sangue
Lusitano e Pura Raça Espanhola;
caracteriza-se pela marcha trotada,
andamento diagonal, bipedal de dois
tempos.
A mecanização agrícola e o êxodo
dos bovinos de corte para outras
regiões, tornaram mais difícil a
observação das qualidades funcionais,
levando à valorização acentuada da
morfologia como critério de seleção.
Somente em 2004, a raça movimentou
aproximadamente 2 milhões de dólares
na comercialização em leilões (US$
4400 por animal) (Campos, 2005).
O presente trabalho objetivou estimar
parâmetros genéticos para características
morfofuncionais em cavalos
Mangalarga a fim de contribuir para
programas de seleção em animais desta
raça.

MATERIAL E MÉTODOS
Os dados de altura à cernelha (m)
e da pontuação total para o deslocamento
fornecidos pela Associação
Brasileira de Criadores de Cavalos da
Raça Mangalarga compreenderam
9865 animais, 79,2 p.100 fêmeas e 20,8
machos, julgados de 1987 a 1992. A
matriz de parentesco aprofundou-se
por até quatro gerações e envolveu
18130 eqüinos. O deslocamento foi
avaliado subjetivamente de zero a
quatorze pontos (ideal). O modelo utilizado
para estimar as componentes de
(co)variância incluiu o efeito aleatório
do animal, além dos efeitos fixos do
grupo contemporâneo (162) e do criador
(1329). O grupo contemporâneo,
(mínimo três cavalos), foi formado por
animais julgados pelo mesmo técnico,
na mesma idade e do mesmo sexo.
Constatou-se a presença de trinta técnicos,
sendo que cada um deles julgou
pelo menos onze animais.
Em termos matriciais tem-se:
y = Xb + Za + e
onde:
y= Vetor das observações para a altura (cm) e
deslocamento (pontos); X= Matriz de incidência
dos efeitos fixos; Z= Matriz de incidência dos
efeitos genéticos diretos; b= Vetor dos efeitos
fixos; a= Vetor dos efeitos genéticos directos; e=
Vetor de erros aleatórios associadas às
observações.
O programa utilizado para a obtenção
das componentes de (co)variância
foi o MTGSAM (Multiple-Trait Gibbs
Sampler for Animal Models) (Van
Tassel e Van Vleck, 1995). Inferências
sob a dispersão dos parâmetros foram
realizadas a partir das distribuições a
posteriori obtidas via amostrador de
Gibbs. O esquema da amostragem
Gibbs considerou o tamanho da cadeia
de 505000, com burn-in de 5000 e
intervalo de amostragem igual a 500,
resultando em 1000 amostras para
avaliação das distribuições a posteriori.
A partir dos valores genéticos
preditos foram separados 10 p.100 dos
machos superiores (porção mais importante
em termos de seleção) para
comparação dos critérios em termos
de valor genético. Assim, selecionouse
os 37 primeiros garanhões para
deslocamento para comparar sua
classificação com la que se obteria
com o valor genético para altura.


RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pontuação média observada para
deslocamento foi 12,01±1,05, com valores
mínimo, máximo e moda 5, 14 e
14, respectivamente. Em princípio, esta
média poderia indicar que os cavalos
Mangalarga apresentam deslocamento
bastante próximo ao ideal, no entanto a
subjetividade e complexidade implícitas
em sua avaliação limitam uma
interpretação mais precisa. A média
para altura à cernelha foi 1,52 ± 0,0042
m, com mínimo, máximo e moda de
1,41, 1,62 e 1,53, respectivamente.
A tabela I ilustra a descrição das
características estudadas(SUPRIMIDA). A herdabilidade
média estimada para este
caráter (0,27) enquadra-se na faixa de
0,20 a 0,50 sumarizada por Richard et
al. (2000) em diferentes raças indicando
moderada associação entre valores
genéticos e desempenhos para
deslocamento em eqüinos Mangalarga.
Embora a herdabilidade indique a
presença de considerável variabilidade
genética passível de seleção, a
variância fenotípica é bastante limitada
para deslocamento, e pouco se
conseguiria melhorá-lo. Em parte, isto
ocorre em função dos técnicos normalmente
não utilizarem a escala inteira
de pontuação atribuível a um caráter
subjetivo, reduzindo a variação entre
os animais (Richard et al., 2000).
A correlação genética média estimada
entre as duas características
(0,47) indica moderada tendência dos
animais geneticamente superiores para
altura apresentarem valores genéticos
superiores também para deslocamento.
Associação genética superior foi relatada
por Miglior et al. (1998) em
Halflinger italianos (0,76), embora
Richard et al. (2000) descrevam, em
diversas raças, correlações genéticas
geralmente baixas entre altura e
desempenho, e Arnason (1984) relate
correlações próximas a zero (ou
ligeiramente negativas) entre altura e
movimentação em Icelandic Toelter.
Com respeito as correlações ambiente
(0,02) e fenotípica (0,18), observa-
se independência entre as características,
de modo que os fatores
ambientais que influem uma delas, não
têm relação com os que interferem na
outra, e que os animais recebem
pontuações maiores (ou menores) para
deslocamento, independentemente de
suas alturas à cernelha.
A figura 1(SUPRIMIDA) apresenta os valores
genéticos médios para o deslocamento
quando a seleção é efetuada utilizando-
se como critério os valores genéticos
médios preditos para o próprio
deslocamento e para a altura á cernelha,
somente os 10 p.100 dos garanhões
superiores, por ser esta a fração mais
importante em termos seletivos. Observa-
se que haverá redução na
resposta à seleção para o deslocamento
se esta for realizada com base na
altura. Esta diferença, dependendo da
fração de reprodutores selecionada,
pode chegar a mais de 4 décimos da
pontuação para o deslocamento, em
termos de valor genético médio.
Embora o deslocamento tenha mostrado
variabilidade genética aditiva para
se obter ganho genético razoável, a
subjetividade com que é avaliado limita
sua interpretação e aplicabilidade.
Nesse sentido, a utilização de tabelas
de pontuação lineares poderia ser alternativa
importante para se diluir a
subjetividade da avaliação, e fornecer
aos criadores de Mangalarga uma
ferramenta mais efetiva para a seleção.
Apesar da correlação genética entre
altura e deslocamento ser de
intensidade moderada e em sentido
favorável, é importante que criteriosa
apreciação seja feita durante a seleção
dos animais geneticamente (principalmente
entre os 10 p.100) superiores
em ambas características, a fim de
maximizar os ganhos genéticos.

BIBLIOGRAFIA
Arnason, T. 1984. Genetic studies on conformation
and performances of the Iceland Toelter
horses. Acta Agric. Scand., 34: 409-462.
Campos, J.M. 2005. Eqüinos: Balanço anual
mostra estabilidade nas vendas. DBO Rural,
291: 137-140.
Miglior, F., G. Pagnacco and A.B.Samore. 1998.
A total merit index for the Italian Haflinger
horse using breeding values predicted by a
multi-trait animal model. In: 6 th Wcgalp, XXIV:
416-419. Armidale, Australia.
Richard, A., E. Bruns and E.P. Cunningham. 2000.
Genetics of performance traits. In: The
Genetics of the Horse. Ed. by Bowling, A.T.,
& Ruvinsky, A., CABI Publishing, 411-438.
Van Tassel, C.P. and L.D. Van Vleck. 1995. A
manual for use of MTGSAM. A set of
FORTRAM programs to apply Gibbs sampling
to animal models for variance component
estimation [DRAFT] ARS. USDA.
Interessante notar que o artigo sugere uma correlação positiva entre, maior altura de cernelha e melhor deslocamento, ou andamento. Isso pode se dar porque estes indivíduos geralmente são os de caracteristicas morfológicas e de seleção mais apurados ou pode indicar que tudo aquilo que se prega sobre cavalos mais compactos terem andamento melhor, está errado. Faça sua análise...A ciência, não mente!!! Abraço a todos!!!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Escalada NLB X Ventaneiro do Sheik


Escalada NLB(Faz Yporã jan/2009)


Ventaneiro do Sheik(Galeria Gilberto Diniz Junqueira)

A receita não é nova, mas os temperos, sim!!!
Escalada NLB e Ventaneiro do Sheik, sangue novo e muita qualidade morfologica e funcional. Vamos ver o que vai dar! Produto aguardado para 2010...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Cavalgadas em Pernambuco



Ótima reportagem na revista Horse, deste mês, mostrando as trilhas pelo estado de Pernambuco, em especial na região de Gravatá. A “suíça brasileira”!!!
Sou suspeito em falar, mas vale a pena conhecer o estado e fico feliz em saber que finalmente a vocação de turismo equestre da região está sendo explorada. Parabéns Pernambuco!!!

Óleo na Dieta de Equinos

A utilização de lipídeos na alimentação de equinos de alto desempenho atlético tem se mostrado uma prática cada vez mais comum no mundo dos esportes equestres. Pessoalmente nunca tive que lidar com cavalos de corrida ou de esportes, mas já preparei uma potra para exposição suplementada com óleo de arroz e já ajudei um cavalo bem difícil de ganhar peso com uma suplementação de 200ml de óleo de soja, dividido em duas vezes ao dia. Foi “tiro e queda”!!! Está dada a dica...
Vejam um trechinho de um trabalho feito pela Universidade Federal de Minas Gerais:

Efeito do nível de óleo de milho adicionado à dieta de eqüinos
sobre a digestibilidade dos nutrientes
[Effect of level of corn oil in the diet of horses on the nutrient digestibilities]
T. Resende Júnior1, A.S.C. Rezende2*, O.V. Lacerda Júnior1, M. Bretas3
A. Lana2, R.S. Moura3, H.C. Resende1

...”O uso de lípides na dieta de eqüinos parece ser
uma alternativa eficiente para as categorias com
alta exigência energética. Supri-la utilizando
apenas carboidratos exigiria grandes quantidades
desses nutrientes que, se oferecidos em excesso,
poderiam trazer conseqüências indesejáveis
como laminite e cólica. Meyer (1995) mostrou
que um aporte excessivo de substratos de fácil
fermentação (amidos, açúcares, proteínas) na
dieta dos eqüinos pode levar a alterações da flora
no intestino grosso, culminando com o aumento
de produção de ácidos, principalmente lático, ou
formação de gases (timpanismo), associado à
digestão irregular do alimento. De acordo com
Lawrence (1990, 1995), o principal benefício da
introdução dos lípides no alimento diário dos
eqüinos é fornecer maior quantidade de energia
quando já se alcançou a taxa máxima de
consumo de matéria seca. Valentine et al. (1998)
e Hintz (1999) concordaram que a mudança na
dieta de carboidratos para gorduras reduziu a
severidade dos danos musculares, como a
rabdomiólise, nos eqüinos de esporte”...